Veja neste gráfico, com dados do Banco Mundial, uma comparação do PIB do Brasil com outros países emergentes no mundo e alguns já considerados desenvolvidos (África do Sul, Chile, México, Índia, Rússia e Espanha):
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PIB 2004-2012 de Brasil e países selecionados (clique para aumentar) |
Mas o que aconteceu desde então? O PIB do Brasil quadruplicou. A Espanha estagnou, e de um PIB que era quase o dobro do brasileiro, no final de 2012 tinha um PIB que era a metade do PIB do Brasil. A Rússia parecia boa competição até 2008, ano da grande crise financeira internacional, que derrubou seu PIB, que passou a crescer no mesmo ritmo do Brasil, sendo 80% deste. O México quase não cresceu, ficando com um PIB cerca de 40% do PIB do Brasil. A Índia, que tinha um PIB semelhante ao do Brasil, no final de 2012 era 80% do PIB brasileiro.
Chile teve um bom crescimento relativo, mas a diferença de tamanho das economias brasileira e chilena torna a comparação difícil. A África do Sul, um pouco maior, duplicou sua economia, mas não chegou a quadruplicar, como o Brasil.
Repare também o tombo dos outros países em 2008, em que o Brasil foi pouco afetado, e que em 2012, quando o PIB do Brasil sofreu um baque, os demais países (exceto a Índia) também sofreram.
Vê-se que o Brasil não foi mal como alardeia a mídia e a oposição, e reclamam alguns empresários. E em 2013 não foi diferente. O IBGE divulgou uma análise em que compara o Brasil com 13 economias que já divulgaram seus PIBs de 2013. Veja como se compara o crescimento do Brasil no ano passado:
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PIB 2013: Brasil x países selecionados (clique para aumentar) |
Vê-se que, entre essas economias, o Brasil teve o terceiro melhor crescimento, somente atrás da China e da Coreia do Sul. Abaixo da média mundial já que a China distorce a média, mas certamente bem acima da média sem a China.
Então: PIBinho ou PIBão? Para mim, parece um PIBão.
E não é somente um PIBão: é um PIBão com diminuição da miséria. Estudo do IPEA mostra que em 2011 o BRasil alcançou a menor desigualdade já medida. Segundo matéria do Jornal Valor Econômico, com base no estudo do IPEA, os salários dos 10% mais pobres do Brasil cresceu mais de 91% entre 2001 e 2011, enquanto os 10% mais ricos cresceram só 16,6%.
É isso que explica o ódio da classe média e da elite pelo PT: egoísmo. Egoísmo, pois a renda dos mais pobres cresceu 550% sobre o rendimento dos mais ricos.
É um revolução pacífica, que não precisou mandar a elite para o paredão ou para Miami, nem precisou suprimir a democracia. Mas, mesmo assim, a elite se ressente do avanço dos mais pobres e do seu pouco avanço, insuflada por publicações como a Veja e pelos noticiários como o Jornal da Globo na TV, ou o canal GloboNews, que insistem em pintar o país muito pior do que ele está.
Eu também estou chateado, pois minha renda não aumentou 91% no período. Mas seria muito egoísmo achar que o que o que está sendo feito pelos mais pobres está errado. E seria burrice achar que está errado e ainda reclamar do aumento da criminalidade, como muita gente faz.
Temos que valorizar o que já alcançamos. É muito significativo! Talvez dê para fazer mais, ou fazer diferente (como nós ambientalistas defendemos), mas é preciso reconhecer o sucesso do Brasil e não embarcar na campanha de auto-difamação promovida por uma boa parte mentirosa de nossa imprensa. É só ver os dados acima e pensar um pouco por conta própria.
Viva o Brasil!