Sou a favor da CPMF e aumento dos impostos dos mais ricos porque:
- Sou contra os cortes nos benefícios sociais, no Minha Casa Minha Vida, nos investimentos de infraestrutura, nas reposições de salários do executivo (o que inclui professores, por exemplo). Esses cortes são mais prejudiciais à economia que o aumento dos impostos.
- Vai ajudar o Brasil a voltar a crescer e é o crescimento que vai resolver a crise fiscal, não são cortes em viagens e diárias, por exemplo.
- Sou a favor de reformas estruturais, e não de cortes no orçamento, e a CPMF é uma medida de urgência. Quero reformas que simplifiquem o sistema tributário, que implementem a justiça tributária, taxando mais os mais ricos, e que eliminem benefícios indevidos a alguns privilegiados como as filhas "solteiras" de militares, por exemplo.
- Isso não me torna menos contra as mordomias de parlamentares e juízes, como auxílios-moradia, excessivo número de cargos de confiança do legislativo e judiciário. Não sei se fará diferença, mas exemplo é bom.
- Grande parte da despesa pública são juros e este é o gasto principal que precisa ser cortado. Neste ano, o governo já gastou R$ 383 bilhões em pagamento de juros (veja https://www.jurometro.com.br/). Fazendo uma conta simplista, se o governo Dilma aumento os juros em 50% nos últimos meses, então seria equivalente a mais de 120 bilhões, diminuir um pouco os juros daria a meta de economia do governo, aumentaria o consumo, etc. Os juros são altos porque é preciso controlar a inflação criada pelo reajuste dos preços administrados (erroneamente represados por Dilma/Mantega). Corrigir os preços administrados resolve em parte o problema da Petrobras e de concessionárias de energia, mas o impacto na economia tem sido nefasto. O déficit fiscal atual vem daí: do reajuste e da espiral de aumento de juros para controlar a inflação derivada.
- Corrigir o déficit por aumento de imposto (CPMF) dá oportunidade para que pelo menos o governo continue fazendo a sua parte na movimentação da economia. É melhor que parar tudo, estagnar a economia e subir juros, que já poderiam começar a baixar.
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