
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Os bagres corruptos do Lula
Era uma vez um pescador, chamado Fernando, que tinha 200 dias para pescar em um ano, mas pescava somente em 4 dias, e não levava o peixe para casa, porque o pescador usava equipamento ruim, só linha de mão, e soltava logo em seguida, especialmente os peixes maiores, e - preguiçoso - voltava para casa dizendo que não tinha peixe no rio.
O outro pescador, chamado Luís, chegou no mesmo rio e pescou em todos os 200 dias, usava redes e equipamentos modernos, e não soltou nenhum peixe e levou para casa 2.000 peixes por ano, especialmente os maiores. Nunca houve tanto peixe no rio, todos concluem! O Luís criou os peixes que pescava, diziam.
Luís pescou tanto que ficou conhecido como Lula. Os peixes que pescou, da espécie dos bagres corruptos, uma praga, continuam abundantes. Alguns foram soltos no rio por ele mesmo, e meio bobalhões, logo caíram na rede armada pelo próprio Luís. Mas a imensa maioria já estava lá. Mesmo assim, todos concluíram que nunca houve tanta corrupeixão naquele rio.
O outro pescador, chamado Luís, chegou no mesmo rio e pescou em todos os 200 dias, usava redes e equipamentos modernos, e não soltou nenhum peixe e levou para casa 2.000 peixes por ano, especialmente os maiores. Nunca houve tanto peixe no rio, todos concluem! O Luís criou os peixes que pescava, diziam.
Luís pescou tanto que ficou conhecido como Lula. Os peixes que pescou, da espécie dos bagres corruptos, uma praga, continuam abundantes. Alguns foram soltos no rio por ele mesmo, e meio bobalhões, logo caíram na rede armada pelo próprio Luís. Mas a imensa maioria já estava lá. Mesmo assim, todos concluíram que nunca houve tanta corrupeixão naquele rio.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
O poderoso efeito do aumento de renda sobre a personalidade de crianças pobres
Estudos feitos nos EUA mostram o efeito do aumento da renda nas crianças de famílias de baixa renda:
1) Aumento da consciência: as pessoas sem "consciência" tendem a mentir, roubar, quebrar regras e ter dificuldade de prestar atenção.
2) Cordialidade (agreeableness): as pessoas que têm se sentem mais confortáveis com outras pessoas e mais capazes de realizar trabalho em equipe.
Essas duas características melhoram o desempenho profissional e as relações familiares. O link não menciona, mas deve haver grande efeito na redução da criminalidade, incluindo a violência doméstica.
Os efeitos foram mais fortes nas crianças com maior deficiência dessas características de personalidade. O artigo considera que, enquanto as características cognitivas de uma criança podem ser melhoradas até os 8 anos, a personalidade segue maleável até a adolescência. E as mudanças tendem a ser permanentes.
Para mim, esses estudos reforçam a importância de Programas como o Bolsa Família, que podem mudar o destino de nossas crianças mais pobres.
http://www.washingtonpost.com/news/wonkblog/wp/2015/10/08/the-remarkable-ways-a-little-money-can-change-a-childs-personality-for-life/
1) Aumento da consciência: as pessoas sem "consciência" tendem a mentir, roubar, quebrar regras e ter dificuldade de prestar atenção.
2) Cordialidade (agreeableness): as pessoas que têm se sentem mais confortáveis com outras pessoas e mais capazes de realizar trabalho em equipe.
Essas duas características melhoram o desempenho profissional e as relações familiares. O link não menciona, mas deve haver grande efeito na redução da criminalidade, incluindo a violência doméstica.
Os efeitos foram mais fortes nas crianças com maior deficiência dessas características de personalidade. O artigo considera que, enquanto as características cognitivas de uma criança podem ser melhoradas até os 8 anos, a personalidade segue maleável até a adolescência. E as mudanças tendem a ser permanentes.
Para mim, esses estudos reforçam a importância de Programas como o Bolsa Família, que podem mudar o destino de nossas crianças mais pobres.
http://www.washingtonpost.com/news/wonkblog/wp/2015/10/08/the-remarkable-ways-a-little-money-can-change-a-childs-personality-for-life/
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
6 Razões por que sou a favor da CPMF agora
Na conjuntura atual, sou a favor da recriação da CPMF com 0,38% e de outros impostos, como impostos sobre heranças e impostos mais altos para quem tem renda muito alta, incluindo a renda de lucros e dividendos muito altos.
Sou a favor da CPMF e aumento dos impostos dos mais ricos porque:
Sou a favor da CPMF e aumento dos impostos dos mais ricos porque:
- Sou contra os cortes nos benefícios sociais, no Minha Casa Minha Vida, nos investimentos de infraestrutura, nas reposições de salários do executivo (o que inclui professores, por exemplo). Esses cortes são mais prejudiciais à economia que o aumento dos impostos.
- Vai ajudar o Brasil a voltar a crescer e é o crescimento que vai resolver a crise fiscal, não são cortes em viagens e diárias, por exemplo.
- Sou a favor de reformas estruturais, e não de cortes no orçamento, e a CPMF é uma medida de urgência. Quero reformas que simplifiquem o sistema tributário, que implementem a justiça tributária, taxando mais os mais ricos, e que eliminem benefícios indevidos a alguns privilegiados como as filhas "solteiras" de militares, por exemplo.
- Isso não me torna menos contra as mordomias de parlamentares e juízes, como auxílios-moradia, excessivo número de cargos de confiança do legislativo e judiciário. Não sei se fará diferença, mas exemplo é bom.
- Grande parte da despesa pública são juros e este é o gasto principal que precisa ser cortado. Neste ano, o governo já gastou R$ 383 bilhões em pagamento de juros (veja https://www.jurometro.com.br/). Fazendo uma conta simplista, se o governo Dilma aumento os juros em 50% nos últimos meses, então seria equivalente a mais de 120 bilhões, diminuir um pouco os juros daria a meta de economia do governo, aumentaria o consumo, etc. Os juros são altos porque é preciso controlar a inflação criada pelo reajuste dos preços administrados (erroneamente represados por Dilma/Mantega). Corrigir os preços administrados resolve em parte o problema da Petrobras e de concessionárias de energia, mas o impacto na economia tem sido nefasto. O déficit fiscal atual vem daí: do reajuste e da espiral de aumento de juros para controlar a inflação derivada.
- Corrigir o déficit por aumento de imposto (CPMF) dá oportunidade para que pelo menos o governo continue fazendo a sua parte na movimentação da economia. É melhor que parar tudo, estagnar a economia e subir juros, que já poderiam começar a baixar.
sábado, 29 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Atualizado pela inflação desde 2003, o salário mínimo deveria ser de R$ 483,00
Atualizado pela inflação desde 2003, o salário mínimo deveria ser de R$ 483,00. A valorização do salário mínimo levou-o a R$ 788,00, reduzindo a pobreza e favorecendo a economia das regiões mais pobres.
Confira os 31 senadores sob investigação do STF
O site Congresso em Foco levantou os senadores integrantes do Senado que respondem a inquérito e ação penal no STF. Clique no nome para ver quais são as acusações e as respectivas explicações dos parlamentares:
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Ângela Portela (PT-RR)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Benedito de Lira (PP-AL)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Dário Berger (PMDB-SC)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Fernando Collor (PTB-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Gladson Cameli (PP-AP)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
José Agripino (DEM-RN)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Veja no site Congresso em Foco
Ângela Portela (PT-RR)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Benedito de Lira (PP-AL)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Dário Berger (PMDB-SC)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Fernando Collor (PTB-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Gladson Cameli (PP-AP)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
José Agripino (DEM-RN)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Veja no site Congresso em Foco
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
O desemprego subiu em julho, mas e o número de pessoas ocupadas? caiu?
Analisar os dados de desemprego nem sempre é tão direto. Saíram dados hoje mostrando o aumento do desemprego em relação a julho de 2014. Veja:
Mas é interessante que, embora o desemprego tenha aumentado bastante (o mais alto desde 2009), o número de pessoas desocupadas variou levemente para baixo (ficando no mesmo nível de 2012):
No último ano, o desemprego cresceu desde dezembro de 2014:
Note como ele vinha estável, desde 2013.
Agora, o número de pessoas ocupadas caiu em dezembro, de uma vez, até fevereiro, e desde então está mais ou menos estável. Isso é intrigante...
O desemprego é o número de pessoas que procuram emprego e não acham. Para estar crescendo desde fevereiro quando a população ocupada não diminuiu, então ele cresce porque há cada vez mais pessoas procurando emprego (pessoas que não estavam ocupadas antes).
Os primeiros a procurar emprego foram os adolescentes, que começaram a procurar em janeiro e fevereiro. Em seguida, os jovens até 24 anos. Gradualmente, entraram os adultos com mais de 24 até 50 anos. O pessoal com mais de 50 está entrando na busca agora, nos últimos dois meses.
Por que isso ocorreu? Os adolescentes perderam seus empregos em novembro e dezembro. Os jovens (até 24), vem gradualmente perdendo seus empregos desde janeiro. Os adultos perderam seus empregos de forma mais acentuada no início do ano. Os maduros (+50), surpreendentemente, vêm conseguindo mais ocupações desde março, de forma acentuada:
Isso é interessante! Veja que os mais velhos ocupados estão aumentando seus números há 24. Neste ano, mesmo com crise, um número crescente de pessoas mais velhas está conseguindo uma ocupação.
Veja também que, #apesardacrise, os rendimentos dos trabalhadores no mês de junho vêm crescendo desde 2002:
Os dados aparentemente mostram que o desemprego reflete as demissões dos mais jovens e um aumento da busca por emprego por quem antes não o buscava. Isso pode ter ocorrido devido à inflação deste ano, mais elevada, criando a necessidade de mais pessoas nas famílias buscarem trabalho. Um resultado direto do ajuste fiscal. Além disso, os negócios podem ter começado a se ajustar ao ajuste das tarifas, demitindo, primeiro, os mais novos.
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Desemprego em Julho (Fonte: IBGE) |
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Pessoas ocupadas em julho (Fonte: IBGE) |
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Desemprego mensal (Fonte: IBGE) |
Agora, o número de pessoas ocupadas caiu em dezembro, de uma vez, até fevereiro, e desde então está mais ou menos estável. Isso é intrigante...
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População ocupada mensal (Fonte: IBGE) |
Os primeiros a procurar emprego foram os adolescentes, que começaram a procurar em janeiro e fevereiro. Em seguida, os jovens até 24 anos. Gradualmente, entraram os adultos com mais de 24 até 50 anos. O pessoal com mais de 50 está entrando na busca agora, nos últimos dois meses.
Por que isso ocorreu? Os adolescentes perderam seus empregos em novembro e dezembro. Os jovens (até 24), vem gradualmente perdendo seus empregos desde janeiro. Os adultos perderam seus empregos de forma mais acentuada no início do ano. Os maduros (+50), surpreendentemente, vêm conseguindo mais ocupações desde março, de forma acentuada:
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População ocupada com mais de 50 anos (Fonte: IBGE) |
Veja também que, #apesardacrise, os rendimentos dos trabalhadores no mês de junho vêm crescendo desde 2002:
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Rendimento médio nominal do trabalho principal, efetivamente recebido no mês de referência, pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (Reais) |
domingo, 16 de agosto de 2015
Você acha que a corrupção nunca foi tão grande? Na verdade, nunca foi tão combatida....
As manifestações nas ruas mostram uma enorme massa de descontentes com os corruptos. Corruptos são acusados de forma genérica e específica (no caso de alguns políticos) e parece que ninguém está fazendo nada para controlar o problema. Mas isso pode ser uma impressão, criada justamente pelos esforços de controle da corrupção.
É o que se pode ver pelos dados abaixo. Eles mostram que, nos dois governos de ex-presidente Lula e no governo Dilma, graças à sua ênfase em restaurar o Estado e suas instituições, foram realizadas mais de 2500 operações da Polícia Federal, com mais de 25.000 presos!
Nos oito anos do governo FHC, foram realizadas somente 28 operações... Quem é que combate a corrupção?
Sim, estamos cansados da corrupção! Mas devemos reconhecer a ênfase de nossas instituições em combatê-la. Isso pode ser melhorado, mas tem um trabalho em andamento.
Nossa percepção de que há mais corrupção agora que antes é resultado de um número maior de investigações pela PF.
Então, temos que continuar fortalecendo a PF. Cobrar mais acelera esse combate!
É o que se pode ver pelos dados abaixo. Eles mostram que, nos dois governos de ex-presidente Lula e no governo Dilma, graças à sua ênfase em restaurar o Estado e suas instituições, foram realizadas mais de 2500 operações da Polícia Federal, com mais de 25.000 presos!
2.500 operações
em 12 anos, são mais de
200 operações/ano
enquanto FHC fez menos de 4 operações por ano
2.000 pessoas/ano
em 12 anos, são mais de
200 operações/ano
enquanto FHC fez menos de 4 operações por ano
2.000 pessoas/ano
foi quanto a PF prendeu durante o governo do PT
Nos oito anos do governo FHC, foram realizadas somente 28 operações... Quem é que combate a corrupção?
Veja a evolução do número de presos:
Agora veja uma coisa animadora: o número de presos por operação vem caindo.
Imagine que você é um pescador e que o número de peixes por pescaria vem caindo, apesar de você estar ficando mais experiente e estar usando melhor tecnologia de pesca e de estar fazendo mais pescarias. O que você diria? Diria que a quantidade de peixes está caindo, não? Não seria a mesma coisa com os corruptos?
Nossa percepção de que há mais corrupção agora que antes é resultado de um número maior de investigações pela PF.
Então, temos que continuar fortalecendo a PF. Cobrar mais acelera esse combate!
sexta-feira, 24 de julho de 2015
O Brasil tem ministérios demais?
Ouvimos e lemos todos os dias na mídia e nas redes sociais: "o Brasil tem 39 ministérios! O Brasil precisa cortar ministérios!"
É verdade?
São muitos ministérios sim, mas não são 39. São 24 ministérios, 9 secretarias com status de ministério (que servem para dar status/poder a questões importantes como igualdade racial e políticas para as mulheres), e 5 órgãos com status de ministério (Banco Central, CGU, AGU, Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional).
Veja a lista de ministérios neste link.
O que você cortaria? Como faria isso. Alguns casos são simples: A Secretaria de Portos poderia estar dentro do Ministério dos Transportes. Pesca e Aquicultura poderiam estar no Ministério da Agricultura. Mas daria para juntar Desenvolvimento Agrário com Agricultura? Hum... difícil. O MDA tem como público principal os pequenos produtores e assentados da reforma agrária. o MAPA é mais voltado para o agronegócio...
E isso faria diferença mesmo? Veja o Debate entre o Ciro Gomes e o Rodrigo Constantino:
É verdade?
São muitos ministérios sim, mas não são 39. São 24 ministérios, 9 secretarias com status de ministério (que servem para dar status/poder a questões importantes como igualdade racial e políticas para as mulheres), e 5 órgãos com status de ministério (Banco Central, CGU, AGU, Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional).
Veja a lista de ministérios neste link.
O que você cortaria? Como faria isso. Alguns casos são simples: A Secretaria de Portos poderia estar dentro do Ministério dos Transportes. Pesca e Aquicultura poderiam estar no Ministério da Agricultura. Mas daria para juntar Desenvolvimento Agrário com Agricultura? Hum... difícil. O MDA tem como público principal os pequenos produtores e assentados da reforma agrária. o MAPA é mais voltado para o agronegócio...
E isso faria diferença mesmo? Veja o Debate entre o Ciro Gomes e o Rodrigo Constantino:
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Por que o corte de gastos de Dilma/Levy não funciona: ou porque as vacas não dão leite.
Para ganhar credibilidade entre os empresários, e retomar os investimentos privados na economia, fazendo o Brasil voltar a crescer, Dilma teve que fazer dois grandes "ajustes":
Já para cortar os gastos, o governo corta diferentes despesas, adia investimentos, corta benefícios sociais, etc. Porém, como aumentou os juros, gasta mais (é o governo que paga os juros mais altos, junto com você e eu). Mas tem um outro problema: ao cortar gastos, reduz a arrecadação. Como? Olha, isso me lembrou uma fazenda para quem trabalhei uma vez:
Agrônomo recém formado, recebi a incumbência de melhorar a lucratividade de uma fazenda de gado de leite, que dava prejuízo. Perguntando sobre suas práticas, verifiquei que forneciam às vacas apenas um terço da ração recomendada. Eu perguntei o porquê e me explicaram que o proprietário pediu para cortar os gastos. "Bem," eu disse, " se você não der ração para as vacas, elas não vão produzir leite". Então, para acabar com o prejuízo (o déficit fiscal) da fazenda, aumentamos o gasto, alimentando as vacas, que aumentaram em 50% a produção de leite e aumentaram o faturamento da propriedade (a arrecadação).
Então, por que as vacas não davam leite? Porque o administrador cortou os gastos em algo que não deveria ter sido cortado. É o que Dilma/Levy estão fazendo. Por outro lado, estão gastando mais em algo que não deveria ser gasto: os juros. O resultado é esta tragédia que vivemos.
Ah, mas esse sacrifício é necessário para crescermos mais tarde. Sim, talvez. Mas talvez o ajuste fiscal só esteja produzindo o efeito de um "bode na sala": primeiro, o bode incomoda muito, depois, nos acostumamos com ele, depois, tira-se o bode, e fica-se com a impressão de que as coisas estão melhores do que antes de o bode ser colocado na sala. Levy e suas medidas são o bode, o Brasil é a sala, você e eu somos as vacas, e os gastos do governo são a ração.
O que fazer então? Cortar o que for supérfluo, OK, mas não se deve cortar nada que resulte em maior arrecadação do que se gasta. Por exemplo, pesquisa agropecuária, educação, investimentos nos mais pobres, aeroportos de regiões turísticas, etc. Cada gasto do governo deveria ter uma avaliação em termos de seu retorno em arrecadação. Assim como a política de juros deveria ser avaliada dessa mesma forma.
Não matem as vacas de fome!
- Atualizar os preços e as tarifas administradas, tirando a Petrobras e empresas de energia do prejuízo imposto pelo represamento de aumentos que visava controlar a inflação durante o primeiro mandato.
- Cortar gastos do governo para fazer economia (superavit fiscal) e pagar a dívida pública, recuperando a credibilidade diante de "investidores" (compradores de títulos públicos).
Para evitar os efeitos colaterais do ajuste nos preços administrados, o Banco Central aumentou os juros. O objetivo disso foi frear o consumo, impedindo os custos adicionais de combustível e energia de serem repassados aos preços. Empresários teriam que se virar para cortar gastos e manter os preços baixos. Então, se a economia não cresce você lamenta, mas o Levy comemora, porque era exatamente isso que ele queria para poder controlar a inflação!
Veja a situação: você é empresário e não investe mais porque teme que sua lucratividade será corroída por preços mais altos de energia e combustível (além de regras instáveis e incentivos aplicados de forma errática a diferentes setores, de acordo com sua capacidade de lobby). Aí, os preços administrados realmente aumentam, seus temores se confirmam, sua lucratividade vai para o saco, e você precisa escolher: crescer ou lucrar? Sua escolha, considerando a incerteza política só pode ser lucrar. Então, não tem crescimento. Se você pudesse repassar os ajustes aos preços, lucraria e poderia crescer, mas aí haveria inflação, que traz outros problemas...
Já para cortar os gastos, o governo corta diferentes despesas, adia investimentos, corta benefícios sociais, etc. Porém, como aumentou os juros, gasta mais (é o governo que paga os juros mais altos, junto com você e eu). Mas tem um outro problema: ao cortar gastos, reduz a arrecadação. Como? Olha, isso me lembrou uma fazenda para quem trabalhei uma vez:
Agrônomo recém formado, recebi a incumbência de melhorar a lucratividade de uma fazenda de gado de leite, que dava prejuízo. Perguntando sobre suas práticas, verifiquei que forneciam às vacas apenas um terço da ração recomendada. Eu perguntei o porquê e me explicaram que o proprietário pediu para cortar os gastos. "Bem," eu disse, " se você não der ração para as vacas, elas não vão produzir leite". Então, para acabar com o prejuízo (o déficit fiscal) da fazenda, aumentamos o gasto, alimentando as vacas, que aumentaram em 50% a produção de leite e aumentaram o faturamento da propriedade (a arrecadação).
Então, por que as vacas não davam leite? Porque o administrador cortou os gastos em algo que não deveria ter sido cortado. É o que Dilma/Levy estão fazendo. Por outro lado, estão gastando mais em algo que não deveria ser gasto: os juros. O resultado é esta tragédia que vivemos.
Ah, mas esse sacrifício é necessário para crescermos mais tarde. Sim, talvez. Mas talvez o ajuste fiscal só esteja produzindo o efeito de um "bode na sala": primeiro, o bode incomoda muito, depois, nos acostumamos com ele, depois, tira-se o bode, e fica-se com a impressão de que as coisas estão melhores do que antes de o bode ser colocado na sala. Levy e suas medidas são o bode, o Brasil é a sala, você e eu somos as vacas, e os gastos do governo são a ração.
O que fazer então? Cortar o que for supérfluo, OK, mas não se deve cortar nada que resulte em maior arrecadação do que se gasta. Por exemplo, pesquisa agropecuária, educação, investimentos nos mais pobres, aeroportos de regiões turísticas, etc. Cada gasto do governo deveria ter uma avaliação em termos de seu retorno em arrecadação. Assim como a política de juros deveria ser avaliada dessa mesma forma.
Não matem as vacas de fome!
terça-feira, 7 de julho de 2015
Onde Lula e Dilma erraram na economia? Nos últimos 10 anos, o Brasil cresceu mais de um trilhão de dólares
O gráfico abaixo compara o Produto Nacional Bruto (PPP, ou por poder paritário de compra, que leva em consideração a valorização das diferentes moedas) do Brasil com alguns países da Europa, escolhidos por terem economia de tamanho parecido com a do Brasil. Veja bem o impacto da crise em 2009, mas veja também a vantagem do Brasil em relação a todos os países desta comparação. A economia do Brasil ultrapassou a da França em 2006, e seguiu crescendo muito mais até 2014. Brasil passou o Reino Unido em 2007, e seguiu ganhando distância, crescendo mais até 2014. Também ganhou distância em relação à Itália e Espanha.
Então, eu pergunto, onde Lula e Dilma erraram? Veja que foi no período Dilma, durante a crise, que o Brasil cresceu mais e se adiantou, aproximando-se da Alemanha.
Mas então você vai dizer: não se pode comparar o Brasil com países desenvolvidos!
Então vamos comparar com países em desenvolvimento. Veja que não é fácil encontrar nada parecido com o Brasil. Mas vamos ver estes países, escolhidos por serem vizinhos ou terem economia e população comparáveis às do Brasil. Apesar de o Brasil ser bem maior, nada de muito diferente aqui, a não ser pela Indonésia, que tem um crescimento linear muito forte, aparentemente sem variações, independente de crises internacionais. No período, México foi bem pior que o Brasil, talvez devido à sua dependência dos EUA, coração da crise. Venezuela vem estagnada desde 2008, período em que a economia brasileira cresceu mais de passou de pouco mais de 2,5 trilhões de dólares para cerca de 3,25 trilhões. Então, pergunto, onde Dilma errou no período?
Agora veja este gráfico, que mostra o crescimento do PIB, juntando países da Europa e da América Latina. Veja que o Brasil não foi nada mal. Pelo menos até o pessimismo semeado pela mídia pegar na cabeça dos empresários. Mesmo assim, foram variações dentro do normal de outros países.
É possível que Dilma esteja errando agora, implementando o programa de ajuste fiscal da mídia, que a mídia brasileira vendeu a todos que era certo. Dilma corre o risco de estar jogando fora o bebê com a água da banheira.
Então, eu pergunto, onde Lula e Dilma erraram? Veja que foi no período Dilma, durante a crise, que o Brasil cresceu mais e se adiantou, aproximando-se da Alemanha.
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Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NY.GNP.MKTP.PP.CD/countries/BR-GB-DE-FR-IT-ES?display=graph |
Mas então você vai dizer: não se pode comparar o Brasil com países desenvolvidos!
Então vamos comparar com países em desenvolvimento. Veja que não é fácil encontrar nada parecido com o Brasil. Mas vamos ver estes países, escolhidos por serem vizinhos ou terem economia e população comparáveis às do Brasil. Apesar de o Brasil ser bem maior, nada de muito diferente aqui, a não ser pela Indonésia, que tem um crescimento linear muito forte, aparentemente sem variações, independente de crises internacionais. No período, México foi bem pior que o Brasil, talvez devido à sua dependência dos EUA, coração da crise. Venezuela vem estagnada desde 2008, período em que a economia brasileira cresceu mais de passou de pouco mais de 2,5 trilhões de dólares para cerca de 3,25 trilhões. Então, pergunto, onde Dilma errou no período?
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Fonte: http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.PP.CD/countries/BR-MX-ID-CL-CO-VE-AR?display=graph |
É possível que Dilma esteja errando agora, implementando o programa de ajuste fiscal da mídia, que a mídia brasileira vendeu a todos que era certo. Dilma corre o risco de estar jogando fora o bebê com a água da banheira.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
A Bossa Nova e os impactos de baladas e festinhas sobre a vida da cidade
Um motorista de ônibus não consegue dormir bem porque um bar tocou som alto a noite toda. No dia seguinte, tratou mal os passageiros e acabou batendo o ônibus. Após um plantão, a enfermeira não conseguiu descansar em sua casa porque rolou um sambão no apartamento vizinho. No outro dia, no hospital, distraiu-se e errou a dose da medicação, fazendo o paciente entrar em coma. Um músico, depois de tocar à noite toda, foi para a casa num apartamento calminho do lado do parque, e uma pessoa que curtiu a balada dormiu até tarde num condomínio onde adora sua casinha com quintal. Dormiram bem com os passarinhos e acordaram tarde. À noite, estavam felizes e prontos para outra.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Você que grita #foraDilma, pare de mentir: você não é contra a corrupção
Você que grita #foraDilma, mas só vê PT na corrupção desvendada pela operação Lava a Jato, que beneficiava principalmente o PP, que não está nem aí para a lista do HSBC, que nem se liga na corrupção da Receita desvendada pela Operação Zelotes... pare de mentir! Você não é contra a corrupção!
No fim do mandato a gente vê: FHC ou Lula? Depois de 8 anos, Lula foi considerado o melhor presidente da história.
O trabalho da mídia na tentativa de apagar da memória do Brasil sua história recente está quase dando certo para muita gente, mas aqui temos memória de elefante. Ao final de seu mandato, Lula foi considerado o melhor presidente da história do Brasil, enquanto FHC, ao final de seus 8 anos tinha maior reprovação que aprovação. O número de pessoas que achava que FHC entregava um país pior que aquele que recebeu era tão grande quanto aquele que achava que o país tinha melhorado. Olha, para mais de 30% o Brasil tinha andado para trás depois de 8 anos do governo que supostamente havia controlado a inflação (SQN, foi no governo Itamar).
Não se esqueça! Lembre-se do que o brasileiro pensava quando terminou o mandato de Lula: http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2010/12/1211078-acima-das-expectativas-lula-encerra-mandato-com-melhor-avaliacao-da-historia.shtml
Não se esqueça! Lembre-se do que o brasileiro pensava quando terminou o mandato de Lula: http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2010/12/1211078-acima-das-expectativas-lula-encerra-mandato-com-melhor-avaliacao-da-historia.shtml
quinta-feira, 9 de abril de 2015
5 motivos porque a direita indignada deveria contra a terceirização no serviço público
Ontem a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4330/2004 que regulariza a terceirização de trabalhadores mesmo nas atividades fins das organizações. O PL é polêmico. Os partidos de esquerda (PT, PSOL, PC do B) votaram contra. A grande maioria dos deputados dos outros partidos votaram a favor. Há quase um mês, centenas de milhares de pessoas estavam de verde e amarelo nas ruas do país para protestar contra o governo Dilma e a corrupção. Por que não saíram ontem? Por que só havia sindicalistas vestidos de vermelho?
Aqui vão 5 motivos porque a direita indignada deveria estar nas ruas gritando bem alto contra o PL (e porque ficar quieto nesse caso representa uma baita incoerência):
Aqui vão 5 motivos porque a direita indignada deveria estar nas ruas gritando bem alto contra o PL (e porque ficar quieto nesse caso representa uma baita incoerência):
[advertência: a lista a seguir contém ironia e sarcasmo]
- Meritocracia: Funcionários públicos precisam passar por concurso, mas terceirizados não, e podem ser contratados de acordo com o critério da empresa terceirizada. Já pensou no PT usando isso para contratar um monte de PTralhas incompetentes?
- Combate à corrupção: empresas terceirizadas são mais um espaço para caixa 2 de campanha e outros desvios de dinheiro. Superfaturamento e direcionamento de licitações são relativamente fáceis de acontecer na contratação de serviços. Já pensou quantos mensalões podem sair daí?
- Combate ao nepotismo: empresas terceirizadas têm a liberdade de contratar quem quiserem, incluindo os parentes e amigos dos políticos. Hoje, só funções de baixa remuneração são admitidas, mas já pensou quando houver analistas terceirizados? Já pensou nos partidos da base aliada fazendo a festa contratando a esposa, a filha, o genro, a sogra?
- Eficiência: alta rotatividade não permite capacitação de longo prazo e acúmulo de experiência. É bem típico do PT não se preocupar com a eficiência.
- Qualidade: uma parte da remuneração do funcionário público é a estabilidade. Pelo mesmo salário, no setor privado se obtém bem menos qualificação do trabalhador. Já pensou nos incompetentes petistas que vão ser contratados?
terça-feira, 10 de março de 2015
Não vá na manifestação errada!
Dilma conseguiu uma façanha: ninguém está feliz com ela. Há duas manifestações marcadas contra o governo nesta semana: dia 13 e dia 15.
No dia 13, marcada pela CUT, manifestam-se aqueles que estão infelizes com a mudança na política do governo, que assumiu um linha de austeridade e aperto fiscal, que tocou em alguns direitos trabalhistas, ao mesmo tempo em que aprofunda sua submissão a uma coalizão fajuta e conservadora. Valorizam os avanços sociais dos últimos 12 anos e o emprego ter se mantido alto nesse período, mesmo com crise internacional. Como solução, defendem uma reforma política onde o principal ingrediente é a proibição do financiamento de campanhas por empresas, a taxação de grandes fortunas e juros mais baixos. É um grupo formado por movimentos sociais e simpatizantes, que defende a justiça social. É apoiado por sindicatos. Chamam o outro grupo de "coxinhas". Para estes, os casos de corrupção são resultados do sistema político, que induz uma promiscuidade entre empresas e políticos.
No dia 15, manifestam-se os que estão furiosos com a corrupção noticiada pela mídia, mas que não gostam das políticas que os manifestantes do dia 13 defendem. Criticam o baixo crescimento econômico dos últimos anos e não gostam do bolsa-família. Este grupo acredita que as medidas recentes do governo Dilma são corretas, e votou nos candidatos que declaravam abertamente que seguiriam esse caminho. Como solução para sua insatisfação, defendem o impeachment da presidente e cadeia para os corruptos do PT (eles não focam muito nos corruptos dos outros partidos, bem mais numerosos, aparentemente). Não defendem mudança na lei ou no sistema político. É um grupo formado por novos militantes que descobriram a cidadania virtual e depois as ruas, e que defende a meritocracia. Há indícios de que é apoiado por grandes empresários. Chamam o outro grupo de "petralhas". Para este grupo, a corrupção no governo é um problema moral.
A manifestação do dia 13 é da esquerda.
A do dia 15, é da direita.
Não vá na manifestação errada!
No dia 13, marcada pela CUT, manifestam-se aqueles que estão infelizes com a mudança na política do governo, que assumiu um linha de austeridade e aperto fiscal, que tocou em alguns direitos trabalhistas, ao mesmo tempo em que aprofunda sua submissão a uma coalizão fajuta e conservadora. Valorizam os avanços sociais dos últimos 12 anos e o emprego ter se mantido alto nesse período, mesmo com crise internacional. Como solução, defendem uma reforma política onde o principal ingrediente é a proibição do financiamento de campanhas por empresas, a taxação de grandes fortunas e juros mais baixos. É um grupo formado por movimentos sociais e simpatizantes, que defende a justiça social. É apoiado por sindicatos. Chamam o outro grupo de "coxinhas". Para estes, os casos de corrupção são resultados do sistema político, que induz uma promiscuidade entre empresas e políticos.
No dia 15, manifestam-se os que estão furiosos com a corrupção noticiada pela mídia, mas que não gostam das políticas que os manifestantes do dia 13 defendem. Criticam o baixo crescimento econômico dos últimos anos e não gostam do bolsa-família. Este grupo acredita que as medidas recentes do governo Dilma são corretas, e votou nos candidatos que declaravam abertamente que seguiriam esse caminho. Como solução para sua insatisfação, defendem o impeachment da presidente e cadeia para os corruptos do PT (eles não focam muito nos corruptos dos outros partidos, bem mais numerosos, aparentemente). Não defendem mudança na lei ou no sistema político. É um grupo formado por novos militantes que descobriram a cidadania virtual e depois as ruas, e que defende a meritocracia. Há indícios de que é apoiado por grandes empresários. Chamam o outro grupo de "petralhas". Para este grupo, a corrupção no governo é um problema moral.
A manifestação do dia 13 é da esquerda.
A do dia 15, é da direita.
Não vá na manifestação errada!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Sobre o esforço do governo pelo traficante brasileiro na Indonésia
Discordo do esforço da diplomacia brasileira para salvar traficantes brasileiros que atuavam na Indonésia quando milhares aqui no Brasil são vítimas de um sistema policial/judiciário ineficiente, ineficaz, injusto, preconceituoso, imundo, desumano... Aqui, a pena de morte existe na prática.
No fundo essa atenção da diplomacia brasileira pelos brasileiros no exterior é uma garantia classe média, "burguesa", que visa garantir uma minoria de brasileiros que viaja ao exterior contra imprevistos lá. É uma garantia desproporcional, porém, que o governo não nos oferece aqui.
No fundo essa atenção da diplomacia brasileira pelos brasileiros no exterior é uma garantia classe média, "burguesa", que visa garantir uma minoria de brasileiros que viaja ao exterior contra imprevistos lá. É uma garantia desproporcional, porém, que o governo não nos oferece aqui.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
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